Esporotricose: o que precisamos saber?

28 de março de 2025 às 12h33.

O município de Vargem Alta registrou casos de esporotricose nas localidades de Richmond, Alto Boa Vista, Córrego do Ouro, Vila Esperança e Fruteiras Nova, refletindo uma preocupação crescente nas autoridades sanitárias.

O que é a Esporotricose?

A esporotricose é uma infecção fúngica causada por fungos do gênero Sporothrix, que afeta tanto humanos quanto animais, especialmente gatos.

Trata-se de uma micose subcutânea que se manifesta predominantemente na pele, mas pode, em casos mais graves, atingir outros órgãos. A infecção ocorre quando o fungo, presente no solo, plantas e material orgânico em decomposição, penetra no organismo através de ferimentos na pele.

Como ocorre a transmissão?

A transmissão da esporotricose pode acontecer de diversas formas:

  • Contato com material contaminado: Ferimentos causados por espinhos, palha ou lascas de madeira contaminados com o fungo podem levar à infecção.
  • Animais infectados: Gatos são frequentemente afetados e podem transmitir o fungo para humanos por meio de arranhaduras, mordeduras ou contato direto com lesões cutâneas. É importante destacar que os gatos não são vilões nessa cadeia de transmissão; eles são vítimas da doença, assim como os humanos.

Quais são os sinais clínicos?

Nos humanos, os sintomas mais comuns incluem:

  • Aparição de nódulos ou úlceras na pele, geralmente indolores, que podem evoluir lentamente.
  • Lesões que seguem o trajeto dos vasos linfáticos, formando um padrão linear.
  • Em casos raros, a infecção pode disseminar-se para ossos, articulações, pulmões e sistema nervoso central.

Nos gatos, os sinais clínicos podem ser:

  • Feridas ulceradas que não cicatrizam, especialmente na cabeça, patas e cauda.
  • Espessamento da pele.
  • Secreção nasal e espirros, caso haja acometimento respiratório.

Diagnóstico

O diagnóstico da esporotricose é confirmado por meio de exames laboratoriais, como cultura fúngica e exame histopatológico das lesões. É fundamental procurar atendimento médico (em caso de pessoas) ou veterinário (em caso de animais) ao identificar sintomas compatíveis, para que o diagnóstico seja realizado precocemente.

Existe tratamento?

Sim, a esporotricose tem tratamento. Em humanos, existe protocolos específicos para o tratamento da doença, e a duração pode variar de três a seis meses ou até a completa resolução das lesões.

Nos gatos, o tratamento também é realizado através de protocolos específicos prescritos por médicos veterinários, sendo essencial o acompanhamento veterinário para monitorar a resposta terapêutica e ajustar a medicação conforme necessário. Devido ao risco de transmissão, é recomendável que os animais em tratamento sejam mantidos em ambiente domiciliar, evitando o contato com outros animais e pessoas.

É importante ressaltar que o tratamento tanto para seres humanos quanto para os animais não deve ser interrompido por conta própria, para que não agrave a situação.

Medidas Preventivas

  • Higiene pessoal: Lavar bem as mãos após manusear animais ou trabalhar com solo e plantas.
  • Cuidados com ferimentos: Desinfetar imediatamente qualquer arranhão ou mordida de animal, bem como ferimentos causados por materiais orgânicos.
  • Uso de equipamentos de proteção: Utilizar luvas e roupas adequadas ao manusear plantas, terra ou ao cuidar de animais infectados.
  • Atenção aos animais de estimação: Levar gatos com lesões cutâneas ao veterinário para avaliação e, se necessário, iniciar o tratamento adequado.

Seja consciente

A conscientização da população sobre a esporotricose é essencial para o controle da doença.

Reconhecer que os gatos são igualmente vítimas e necessitam de cuidados contribui para a redução do estigma associado a esses animais e promove uma abordagem mais eficaz no combate à esporotricose em Vargem Alta.

Em caso de pessoas com suspeitas de esporotricose, é recomendado procurar a Unidade de Saúde mais próxima de sua residência.

E em caso de animais com suspeita é recomendado entrar em contato com a Vigilância Ambiental pelo telefone (28) 99966-9211. 

A vigilância não realiza o recolhimento de animais, e a prevenção e o tratamento adequados devem ser feitos pelo responsável, assegurando o bem-estar dos animais e a proteção da comunidade.

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